Vejo um muro, uma igreja iluminada. Não te vejo. Vejo um rio, um barco bambo. Não te traz. Traz estrelas. Grilos ou poemas, tanto faz. A tua voz. Traz só o que não se vê, o que pesa e não ocupa espaço. Redoma de violinos, velocidade lustrosa. O ritmo imposto pelos dias que não voltam. Tempestade estranha com frio fino e chuva de luz. Muitas noites a trovejar. Balas de vidro, estilhaços, crimes aguçados, escondidos. Vejo um sorriso bordado por cima do sangue. Acreditei em ti antes sequer de te beijar. Adormeço. Vejo uma boneca morta, um gato castrado, uma lua com sono, uns pés cansados. A vida pendurada por fios.
segunda-feira, novembro 02, 2009
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