Um dia, quando me sentar na paragem para outro destino, à espera desse autocarro onde segues e que há-de levar-me também, sentar-me-ei no lugar que reservaste para mim ao teu lado. Vou segurar a tua mão enregelada e sentir-me quente. Viva. Tu que me acompanhas ao longe como um mocho, que sabes sempre quando tudo começa a desmoronar-se, quando um golpe de estado estaria para acontecer se eu fosse um país, tu que lês pedidos de socorro no meu olhar e endireitas o meu pensamento cheio de viés, que limpas o pó da minha revolta como quem limpa o das prateleiras, que travas aqueles rebentamentos de lava num vulcao em ebulição e fechas a torneira da autopunição, tu que sabes que o mundo fica sempre aquém das minhas expectativas, mas fazes com que a vida pareça sempre mais fácil. Quando baixar a guarda, dou-te um abraço. Com juros.
segunda-feira, janeiro 18, 2010
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