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Estavam ligados um ao outro como o coração de um velho ligado por fios e tubos a uma máquina que, artificialmente, lhe prolongava a vida. Podiam sobreviver assim mais um ano, dois, dez, acreditando que não há relações sem dependência, e nem sentir qualquer espécie de dor. Mas sabiam, também, embora não quisessem saber, que não sentiriam nunca o imenso resto que só pode existir fora do que é passível de ser manipulado. Há eutanásia para o amor?
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